Por Sálvio Siqueira
Lampião - foto 'pescada', recortada, do filme de Benjamin Abrahão
Lampião, estando nada
satisfeito com a perda de dois de seus melhores homens, na malfadada tentativa
do ataque a cidade de Mossoró – RN, Colchete e Jararaca, resolve deixar as
terras norte rio-grandense por um caminho totalmente diferente daquele que o
levou aquele Estado.
Várias eram as razões para tal decisão como as atrocidades
por onde a horda passou, deixando um rastro de sangue, dor, lágrimas,
sofrimentos e mortes...
Depois do ataque feito a Sousa, cidade paraibana, pela turba
de Lampião, mesmo ele não estando presente, o coronel José Pereira da cidade de
Princesa, PB, ordenou aos seus jagunços, a captura ou morte do chefe Mor.
Sabedor do poderio dos homens em armas do coronel, Lampião,
com sua sempre ativa precaução, resolve acessar a terra de Iracema, “A Virgem
dos Lábios de Mel, em primeiro plano de fuga, para depois voltar ao seu torrão
natal.
Chega com seu bando a uma fazenda na localidade Lagoa da
Rocha, sendo propriedade de um conhecido seu, o Sr. Anízio Batista. Após breve relato
dos últimos acontecimentos, o chefe manda que o amigo torne-se um intermediário
entre ele e as autoridades da cidade de Limoeiro do Norte, CE. A autoridade
maior, o Prefeito, na ocasião ocupava o cargo o coronel Felipe Santiago de Lima
(lampiãoaceso.blogspot.com), estando ausente, quem entra em contato com o “Rei
Vesgo’, é o senhor Custódio Menezes, o qual exerce as funções de juiz de paz da
comarca, e o padre Vital Gurgel.
Lampião entra na cidade com todo o bando, depois de receber
garantias das autoridades locais, na ocasião, de que não encontraria
resistência da força policial presente, que aliás, tinha um diminuto contingente,
sendo impossível conter, em combate, todos os bandoleiros.
A horda está faminta. É providenciado um banquete para
todos, mas, antes de alimentarem-se, Lampião, muito desconfiado e precavido,
manda que alguns dos cidadãos locais comam da comida antes deles.
Na fazenda Maçarico, propriedade do padre Ancelino Viana Arrais,
é chegada a notícia de que Lampião encontra-se na cidade. O padre parte para
onde se encontra o chefe dos cangaceiros a fim de fazer-lhe uma proposta, no
mínimo, muito curiosa.
O padre é fã do Rei, e, ao estar diante dele, refere que
quer entrar para o bando e fazer parte do seu grupo. Pedindo para entrar, o
sacerdote diz:
" - Lampião, eu tenho coragem de acompanhar-lhes na
vida do cangaço." (blog citado)
lampiaoaceso.blgspot.com
Lampião olha para o padre, cubando-o de cima a baixo...
Analisando sua proposta, responde:
" Seu vigário, homem barrigudo, não pode participar
dessa vida, porque além de dura, nós se arrasta como cobra pru mode atirar nos
macacos. Hômi da barriga grande não dá para isto. "(blog citado)
Como igual a maioria dos sacerdotes, o padre Ancelino era
gordinho. Dono de vários quilogramas além de um peso que deixasse seu corpo
ágio, para os movimentos necessários na dura vida de um cangaceiro.
Após recusar o pedido do vigário, Lampião sai a procura do
médico local, para que o mesmo cuide dos ferimentos dos cabras que foram
atingidos no fraquejado combate anterior.
O médico procurar cuidar dos feridos e notando, muito atento,
o olhar do chefe deles. Ao término do trabalho do médico, Lampião quer pagar
pelo serviço prestado, mas, o ‘doutor’ recusa-se a receber. Então o ‘Rei Vesgo’
presenteia o médico com um punhal de cabo muito especial, pois nele contém anéis de ouro e o mesmo é feito de chifre de
algum animal.
Fonte da pesquisa: http://lampiaoaceso.blogspot.com.br
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